Reginaldo cresceu numa favela e apaixonou-se por Filosofia. Até aos 25 anos era analfabeto e trabalhava indo de porta em porta nos bairros ricos, onde recolhia coisas de valor nos caixotes de lixo. Um dia encontrou um livro rasgado que começou a folheá-lo atentamente. O dono da casa viu-o e perguntou-lhe o que estava a fazer, tendo Reginaldo respondido que estava a tentar entende-lo. O livro continha parte do diálogo do discurso sobre o julgamento de Sócrates. O senhor, um professor reformado de Filosofia ensinou Reginaldo a ler, e juntos falaram sobre Platão. Reginaldo ainda vive na favela e lidera os debates na zona. Este é o projeto que Sócrates iniciou: convidar os cidadãos, independentemente dos seus antecedentes ou circunstâncias sociais, a fazerem perguntas difíceis sobre como devemos viver juntos. No momento em que a democracia enfrenta tempos obscuros, fazer esse tipo de perguntas é a nossa maior esperança para melhorarmos o mundo em que vivemos. Em 2008 estreou um fil...
“Não havia civilização sem intoxicação alcoólica” Edward Slingerland, filósofo. O álcool teve um papel-chave, a par com outras tecnologias culturais, como a religião, na transição de sociedades pequenas para grandes. O álcool e a bebedeira criaram a Humanidade. Tudo começou com os macacos que desceram das árvores para apanharem os frutos apodrecidos que já estavam a fermentar e punham-nos zonzos. A necessidade de nos embriagarmos levou à produção de cereais, à agricultura. Foi o álcool que contribuiu grandemente para a socialização e avanços da Humanidade. Para o filósofo Edward Slingerland a necessidade da Humanidade de se intoxicar com álcool não é um erro evolucionário. Nas raras culturas onde não é produzido, é substituído por outras substâncias. A embriaguez trouxe benefícios à espécie humana, desde o fácil acumular e transportar calorias para trabalhar, passando pelo aumento da criatividade, o alívio do stress, a criação de laços de confiança, momentâneo aumento da f...
O poder da mente é dado pelo conhecimento, as paixões nascem da ausência de conhecimento. Isso só é possível se usarmos a razão e através dela alcançarmos o conhecimento verdadeiro. Não devemos reagir às coisas do mundo com as paixões, mas com a razão. A razão torna-se assim uma causa do nosso comportamento. Um homem só atua com virtude se compreender. Quando se começam a guiar pela razão, alinham-se com a natureza. Agir com virtude é conhecer Deus (Natureza). A mais alta virtude da mente é conhecer Deus, é compreender as coisas. Quem se compreende, ama Deus! O mundo que existe é o único possível, porque a natureza atua por necessidade e não com arbitrariedade.. Vive com alegria aquele que compreende o mundo, aquele que compreende a natureza, aquele que vê a necessidade de todas as coisas e com naturalidade as aceita como elas são. 5 conceitos do pensamento de Espinosa: 1 - Dessacralizou a Bíblia - as Escrituras não eram sagradas, a sua origem nada tinha de divino, era bem humana. Para...
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