Descartes e Hobbes
Thomas Hobbes
n. 5/4/1588 / f. 4/12/1679
Descartes
n. 31/03/1596 / f. 11/02/1650
Para estes filósofos o Homem era essencialmente matéria em movimento, tudo nos seres humanos podia ser explicado em termos materiais, no perpétuo movimento de máquinas, sem recurso a almas incorpóreas. O Bem e o Mal não existiam. Eram somente palavras que o homem usava para exprimir os seus apetites e desejos. Hobbes chamava aos sacerdotes das religiões uma "Confederação de Embusteiros", que propagavam ideias erradas para conseguirem dominar as pessoas. Para ele o Universo era a massa total das coisas que existiam, era um corpo, e o que não era corpo não fazia parte do Universo. Como o Universo era tudo, o que não fazia parte dele não existia em lugar nenhum. Hobbes não acreditava na existência de substâncias sem corpo, como as almas, e dizia que tudo era causa e efeito. Para ele deus era a causa primeira das coisas, o fabricante invisível de tudo o que era visível.
Descartes provou pela razão que Deus existe, dizendo que Ele era a causa primeira das coisas.
Foi o pai espiritual dos mecanicistas que explicavam o funcionamento dos fenómenos naturais em termos de matéria em movimento em obediência a leis fixas da natureza. Quando propôs o uso da razão como instrumento para desvendar a natureza, teve o cuidado de reservar um lugar especial para a intervenção divina. Deus manteve sempre o seu papel no grande esquema das coisas. O mesmo fizeram galileu, Bacon e Hobbes. A razão sempre teve Deus como limnite. Mas Deus estava na origem de tudo.
Para Descartes os animais não passavam de autómatos, não tinham consciência e nada sentiam. Nem sequer dor. Para provar o que dizia, pegou no cão da mulher, pregou-o pelas patas a uma tábua e dissecou-o vivo. O cão uivou horrivelmente, mas para ele isso não era sinal de dor. Disse que os mecanismos de um relógio também emitiam ruído quando eram desmantelados, mas ninguém acreditava que um relógio sentisse dor. Então porque razão um cão, que não passava de uma máquina automática como os relógios, sentia?
"Não há nada no mundo que esteja melhor repartido do que a razão: toda a gente está convencida de que tem de sobra". - Descartes
Descartes achava que era possível conhecer a realidade, desde que adotássemos o método correto, que era a razão.
Descartes achava que era possível conhecer a realidade, desde que adotássemos o método correto, que era a razão. A Dúvida Metódica era um método para chegar á verdade. deus não nos mentia, podíamos confiar no que víamos á nossa volta, tínhamos é de ter cuidado com inferências e deduções erradas que tinham origem em formas incorretas de raciocinar. Se utilizarmos a metodologia correta chegamos à verdade. Instituiu um método racional para compreender a realidade. estabeleceu a existência de duas substâncias distintas, o pensamento e a matéria. O famoso dualismo corpo-alma. O pensamento tinha natureza divina e a matéria não. A alma humana estava ligada a Deus, e o corpo humano estava fora de Deus.
Descartes dizia que a livre vontade existia entre os homens.
Para Descartes os objetos não se movem por livre vontade, mas por necessidade imposta pelas leis da natureza. O Homem é uma exceção.
Hobbes - As leis servem para limitar o estado de paixão em que os homens vivem naturalmente e que apenas os conduziria à guerra uns contra os outros. Para ele a distinção entre paixões e razão é importante para compreender a relevância do Estado. Existe um caminho de aperfeiçoamento dos homens, um caminho que os leva de um estado animalesco de paixão pura, em que se comportam apenas segundo os seus desejos naturais, a um estado superior de razão, em que passam a comportar-se segundo os ditames racionais. A passagem das paixões à razão, só é possível se seguirmos um caminho, uma ética.
Descartes - A ciência tem de possuir a exatidão da matemática, mas as verdades matemáticas estão sujeitas ao poder de Deus.
Cartesianos - A causa primeira e última de todo o mundo natural tem mão divina.
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