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A mostrar mensagens de janeiro, 2023

Desumanidade

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  “O Jardim das Delícias Terrestres”   Hieronymus Bosch “encham a terra e dominem-na; dominem sobre os peixes do mar e as aves do céu; sobre os animais domésticos e selvagens e sobre todos os bichos que andem sobre a terra” (Génesis, 1,28).   “quem mata um boi é como aquele que mata um homem” (Isaías, 66,3)   “O Homem pode ser encarado como o centro do mundo” – Francis Bacon   “os animais existem para benefício dos homens” – Aristóteles   “os homens podem usar as bestas para os seus propósitos sem que haja injustiça” – Cícero   “os animais são coisas vivas e irracionais cuja vida e morte está subordinada ao nosso uso” – Santo Agostinho   “a vida dos animais é preservada não para eles, mas para o Homem” – Tomás de Aquino   “tanto os homens como os animais expressam o mesmo estado de espírito pelos mesmos movimento” – Charles Darwin   René Descartes legitimou a escravização e matança dos animais ao declarar a “verdade” suprema, “Penso, logo existo”, ou seja, os animais er

Twittar é filosofar?

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  Reginaldo cresceu numa favela e apaixonou-se por Filosofia. Até aos 25 anos era analfabeto e trabalhava indo de porta em porta nos bairros ricos, onde recolhia coisas de valor nos caixotes de lixo. Um dia encontrou um livro rasgado que começou a folheá-lo atentamente. O dono da casa viu-o e perguntou-lhe o que estava a fazer, tendo Reginaldo respondido que estava a tentar entende-lo. O livro continha parte do diálogo do discurso sobre o julgamento de Sócrates. O senhor, um professor reformado de Filosofia ensinou Reginaldo a ler, e juntos falaram sobre Platão. Reginaldo ainda vive na favela e lidera os debates na zona. Este é o projeto que Sócrates iniciou: convidar os cidadãos, independentemente dos seus antecedentes ou circunstâncias sociais, a fazerem perguntas difíceis sobre como devemos viver juntos. No momento em que a democracia enfrenta tempos obscuros, fazer esse tipo de perguntas é a nossa maior esperança para melhorarmos o mundo em que vivemos. Em 2008 estreou um filme “

Civilização e Álcool

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  “Não havia civilização sem intoxicação alcoólica”   Edward Slingerland, filósofo. O álcool teve um papel-chave, a par com outras tecnologias culturais, como a religião, na transição de sociedades pequenas para grandes. O álcool e a bebedeira criaram a Humanidade. Tudo começou com os macacos que desceram das árvores para apanharem os frutos apodrecidos que já estavam a fermentar e punham-nos zonzos. A necessidade de nos embriagarmos levou à produção de cereais, à agricultura. Foi o álcool que contribuiu grandemente para a socialização e avanços da Humanidade. Para o filósofo Edward Slingerland a necessidade da Humanidade de se intoxicar com álcool não é um erro evolucionário. Nas raras culturas onde não é produzido, é substituído por outras substâncias. A embriaguez trouxe benefícios à espécie humana, desde o fácil acumular e transportar calorias para trabalhar, passando pelo aumento da criatividade, o alívio do stress, a criação de laços de confiança, momentâneo aumento da felicidade

Teoria da hierarquia das Necessidades Humanas ou das Motivações Humanas

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  Abraham Maslow baseia-se na ideia de que cada ser  humano  esforça-se muito para satisfazer as suas  necessidades  pessoais e profissionais. É um esquema que apresenta uma divisão hierárquica em que as necessidades de nível mais baixo devem der satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Depois de sabermos e podermos alimentar o estômago, decidimos sobre Filosofia.

Mentes Inquietas

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  A Filosofia apareceu quando o Homem olhou para o Mundo que o rodeava e colocou em causa a ordem da Natureza e as normas sociais, questionando as verdades estabelecidas. Na Grécia Antiga Sócrates foi o primeiro a semear, usando a pergunta sobre “Ética” e “Virtude”, em busca da melhor resposta possível. A disciplina de Filosofia deve ser uma atividade crítica e não um corpo de conhecimentos onde os alunos possam questionar o mundo à sua volta. A filosofia é subversiva por natureza, trata-se de discutir ideias livre e cuidadosamente. Em Hamlet Shakespeare explicou que os espelhos não se limitam a refletir a realidade, servem sobretudo de instrumentos de revelação da realidade.